Vesper.  Verão 2008

Cruzeiro a Marrocos e às Canárias

Depois de no ano passado termos feito uma viagem costeira, à Galiza, a Ana e eu estávamos com vontade de fazer mar. Estávamos com saudades do Atlântico e da sua vaga larga, das longas tiradas de navegação, horas e dias sem ver terra, só nós os dois, o vento, o mar, o sol, as estrelas e o nosso barco.

 Destino? Com apenas um mês de férias e vários cruzeiros já feitos aos Açores e à Madeira, decidimos variar e navegar até às Canárias, onde nunca tínhamos ido, nem de avião.

Contudo havia que planear bem a viagem. Apesar do Vesper ser um catamaran invulgarmente confortável, não gostamos de ir para o mar para sofrer. Isto são férias, a tripulação reduzida, e a navegação em cruzeiro tem que ser uma coisa agradável, repousante e divertida! Dizem os ingleses: os cavalheiros não navegam à bolina…

A viagem às Canárias, ida e volta num mês não é fácil, não tanto pela distância (de Lisboa a Las Palmas de Grande Canária são pouco mais de 700 milhas) mas principalmente pelo regresso. Estudando as “Pilot Charts” do Atlântico é fácil ver que na zona de navegação considerada e nos meses de Julho e Agosto, nos quais iríamos navegar, os ventos e as correntes são com enorme predominância (mais de 95%) de N/NE, sendo altamente desaconselhável o regresso directo ou ao longo da costa africana. O ideal seria navegar das Canárias para os Açores (de Tenerife a São Miguel são cerca de 720 milhas) para encontrar ventos de NW e daí para o continente, mas isso não era compatível com a duração das nossas férias.

Por outro lado, esta era uma boa oportunidade de fazer um pouco de turismo com umas escalas em Marrocos e assim “partir” em tiradas mais curtas a travessia para as Canárias. Decidimos assim que a viagem para as Canárias seria ao longo da costa africana, com escalas em Marrocos e o regresso pela Madeira, ainda que tendo que aceitar uma tirada dura contra o vento, de Tenerife para a Madeira e depois o sempre ingrato regresso ao continente.

Assim a 19 de Julho, Sábado, pelas 20h, com uma brisa do Norte, largamos da Doca do Espanhol, com destino à nossa primeira escala, Sagres. Esta primeira tirada de 115 milhas que devia ser feita debaixo de uma boa nortada (e eu bem queria, para ver a barca a andar…) não foi. Umas 4 horas de bom vento por alturas do Espichel, e o resto com ventos fracos de W. Navegação à vela e a motor (só com um motor para poupar gasóleo). Mar chão. Média de 5,7 nós, que é fraco. A meio da tarde de Domingo 20 estávamos fundeados na Enseada da Mareta, Sagres, onde passamos uma noite tranquila.

Segunda 21, 7 h da manhã, levantamos ferro e largamos para Rabat. 205 milhas. Spi (assimétrico) em cima desde as 8h às 21h. Piloto automático. Vento fresco de Norte. Mar sem ondulação, mas com vaga de vento. Velocidades entre os 9 e os 12 nós. Navegação gloriosa! Um dos melhores dias de vela da minha vida. O Vesper é um barcalhão! Apesar da velocidade e da mareação de popa a Ana ainda fez costura (foi preciso cozer a bainha da bandeira porque a nacionalidade não se aguentava içada…) e as respectivas refeições quentes, e requintadas, claro. Muita leitura. Pesca nada, íamos mais depressa que os peixes…

Incidentes? Claro, nestas condições há sempre. Uma cambadela involuntária e vigorosa partiu uma manilha da arreigada da retranca e encostou-a aos brandais. Não gostei e ralhei com o piloto automático. Na oficina de bordo resolveu-se o problema facilmente. Mas por causa disto o barco deu uma guinada violenta e o Spi fez um nó à volta da genoa, que estava enrolada. Foi um sarilho mas lá se safou a situação.

Durante a tarde cruzamo-nos ao longe com uma lancha voadora, cinzenta, que navegava rumo a Portugal a alta velocidade (35/40 nós?). Batia na vaga como uma louca. Seria droga?

Ao cair da noite arriamos o spi, por prudência, e o vento também foi caindo e rondou para NW, ficando à popa arrasada. Acabamos por ligar o motor de EB para manter a velocidade num mínimo de 6 nós.

Já na noite de terça-feira 22, pelas 4h da manhã, avistei uma bóia com luz vermelha a piscar que deixei por BB a cerca de 500 ou 600 m, sem mais me preocupar com ela. Não sei o que era mas percebi depois que tinha amarrado um cabo de nylon, flutuante, muito grosso e muito comprido, que se estendia para SW e sobre o qual passamos. Eu estava dentro do barco, a preparar-me para dormitar os meus 15 minutos da ordem e só me apercebi quando ouvi um sonoro BANG e o hélice bloqueado. O motor, claro, parou instantaneamente. Ali ficamos a rebocar a bóia. Enrolamos velas e mesmo em árvore seca o barco rebocava a bóia a uma velocidade de 2 nós. Não tínhamos governo. Por momentos ainda pensei que tínhamos avaria no leme, mas não, era mesmo por estarmos presos e a rebocar a bóia. Com lanternas, víamos o cabo, 1 m abaixo da linha de água. Cor de laranja, grosso. A noite não era muito escura, apesar das nuvens encobrirem a lua cheia. Tínhamos que cortar o cabo. Não me apetecia ir ao banho. De noite e com vaga era perigoso. A Ana e eu, trabalhando cada um com o seu croque, conseguimos passar um cabo nosso por debaixo do outro e depois caça-lo com um molinete (e muito esforço, tal a tensão) um pouco acima da linha de água. Debruçado sobre a borda e com a Ana a agarrar-me pelo cinto (é por causa da barriguinha, que pesa…) lá consegui cortar o malfadado cabo.

Para grande surpresa, assim que cortamos o cabo, a bóia que se mantinha a cerca de 600 m, fugiu a grande velocidade. Tinha outro cabo do outro lado? Tinha alguma coisa suspensa? Seria um esconderijo de droga, ou já sou eu a romancear por causa da lancha voadora? Nunca viremos a saber.

Libertos, mas ainda com o hélice bloqueado com os restos do cabo, navegamos de vela. Arribamos a Rabat, sem mais incidentes, ao princípio da tarde, com uma média total de 7 nós apesar do muito tempo perdido com a história do cabo. Vejam lá com andamos bem durante o primeiro dia.

A Marina de Rabat é cerca de 1 milha a montante da foz do Rio Bou Regreg, estreito, baixo, mal balizado, com muitas embarcações miúdas, de pesca e recreio, e com dragagens em curso. E não tínhamos cartas de pormenor. Por isso preparei tudo para fundear logo que protegidos da vaga pelos molhes da barra, para mergulhar e tirar o cabo do hélice e recuperar a manobrabilidade total do barco que só com um motor manobra muito mal. Exactamente nessa altura apareceram dois mergulhadores marroquinos, numa semi-rígida, que nos vinham saudar. Claro, pedi-lhes logo para tirarem o cabo do hélice, o que foi feito em menos de 5 minutos. Nem cheguei a fundear! Ofereci-lhes uma garrafa de tinto Pasmados, mas não quiseram (Maomé não deixa) e pediram cigarros. Não havia danos no hélice e o motor pegou à primeira.

Entretanto apareceu outra semi-rígida para nos pilotar rio acima até à Marina, que é nova, moderna, dispõe de todas as facilidades e com pessoal muito simpático e eficiente. As autoridades, também simpáticas, são muito rigorosas e puseram-nos dois cães a bordo, para detectar droga e explosivos. Os cães deviam ser terráqueos, porque não tiraram os sapatos, nem os polícias, e a Ana ficou toda lixada porque sujaram o barco todo. Como estou a escrever isto, vocês podem concluir que não tínhamos droga nem explosivos…

O Rio Bou Regreg separa as cidades de Rabat e Salé, ligadas por uma ponte, com trânsito intenso, localizada imediatamente a montante da Marina. Toda a zona está em obras, num grandioso projecto de requalificação regional. Salé era antigamente famosa pelos seus corsários, que em rápidas embarcações de pano latino aterrorizavam a navegação da cabotagem, atacavam zonas costeiras do Algarve e Andaluzia, chegando a navegar até às costas americanas e inglesas. Seria de Salé a faluca que no dia 25 de Agosto de 1895 perseguiu e tentou a abordagem ao Spray de Slocum, sem o conseguir, porque desmastreou devido ao vento forte? Gosto de pensar que sim.

Rabat, capital de Marrocos, com 2 milhões de habitantes, é uma cidade interessantíssima, que bem merece uma visita. Desenvolve-se ao longo da margem sul do Bou Regreg, com a sua linda e bem asseada Kasbah (fortaleza) a dominar a entrada da barra e que alberga no seu interior um belo e rico bairro habitacional, de paredes pintadas a branco e azul. A Medina (cidade antiga) tem o pitoresco habitual das cidades marroquinas, um comércio tradicional vibrante e atraente, pleno de cor, de cheiros e de sons. O mausoléu de Mohammed V (obra prima da moderna arquitectura marroquina) e a Torre Hassan, de 1191, irmã da Giralda de Sevilha e da Koutobia de Marrakech, são visitas obrigatórias. A Torre Hassan sofreu graves danos por ocasião do “nosso” terramoto de Lisboa, em 1755.

Satisfeitas as necessidades turísticas da tripulação, e as necessidades consumistas (!!!) da co-skipper, largamos de Rabat na sexta-feira 25, rumo a Essauira, a  antiga praça forte portuguesa  de Mogador, a cerca de 225 milhas para SW. Saímos ao fim da tarde, com vento de popa, não muito forte. Noite calma, sem história. Já dia nascido, com mais vento, spi para cima e navegamos bem e rápido. Foi-se, entretanto, levantando mais vento e vaga e acabou por acontecer o que não devia. Numa embardadela maior o spi enrolou-se à volta da genoa, deu nó, e ao contrário da viagem anterior, não fomos capazes de resolver a situação.

Isto deu-se por volta do meio-dia. Depois foram cerca de 5 horas de luta ciclópica e inglória com a vela. Tentamos tudo. Sofremos a bom sofrer. Ficamos exaustos e com as mãos em sangue de tanto caçar e folgar cabos, nas mais variadas tentativas de desenrolar e arriar a vela, enquanto o vento, a vaga e a fadiga iam aumentando. No meio da confusão o tambor dum molinete, certamente mal apertado depois da revisão que lhe tinha feito, soltou-se, agarrado à alanta do spi e foi bater com violência no convés, fazendo estragos. Se nos acertava…nem sei. Consegui recupera-lo! No auge da confusão, tendo eu ligado ambos os motores, para estabilizar o barco por causa da forte vaga de popa, um deles, de EB, resolveu aquecer. Tocou o alarme da temperatura, fui ver, estava a 120º. Desliguei-o, claro. Mais tarde percebi que era apenas uma fuga de água no terminal dum tubo e reparei-o facilmente. Mas isso foi mais tarde, na altura, para ajudar à festa foi mais um factor de aflição. Nem disse à Ana, só horas depois lhe contei.

Fomos incapazes de arriar a vela. O melhor que conseguimos foi, com as adriças da manga do spi e da segunda genoa, dar-lhe umas voltas e ferra-la parcialmente. Mesmo assim era como estar permanentemente com meio spi em cima, mas sem controlo. E ficamos também sem genoa e só com um motor. Perto do fim da tarde o vento era cada vez mais rijo, felizmente sempre de popa, e a vaga respeitável. O barulho do spi a bater metia medo.

Decidimos, por isso, não rumar a Essauira mas sim a Agadir. Essauira é um porto de pesca, muito pequeno, que não conhecíamos, e que naquelas circunstâncias não era prudente demandar. Esta foi uma decisão sensata. Dias mais tarde, fomos num carro alugado a Essauira e constatamos que teria sido simplesmente impossível entrar. O porto, muito pequeno, estava completamente cheio de barcos de pesca, sem qualquer espaço de manobra. Além disso é uma zona tradicionalmente muito ventosa, considerado um “windsurfer paradise”.

Agadir, 75 milhas mais a sul, tem uma marina moderna, grande, numa baía abrigada. Só de vela grande e o pedaço de spi navegamos rápido durante toda a noite e manhã, sempre com muito mar de popa, particularmente ao largo do Cabo Sim. A meio da tarde de domingo 27, após 43 horas de navegação, entramos em Agadir, com o vento, finalmente, a amainar. Eu tinha entretanto resolvido o problema do aquecimento do motor e estávamos com a nossa capacidade de manobra reposta. A aproximação e a amarração correram bem, com muita pena dos imensos mirones que se juntaram e já esfregavam as mãos de contentes na esperança de ver um catamaram com meio spi em cima a partir-se todo nos pontões da marina...

Em Agadir houve muito que trabalhar. Subi ao mastro com ajuda de pessoal da marina, muito simpáticos e colaboradores e a trapalhada lá se resolveu. A Ana exigiu guardar o spi no saco, fechá-lo numa arca e deitar a chave ao mar…

Agadir, onde não tínhamos pensado ir, foi uma boa surpresa. Cidade moderna, ocidental, alegre e arejada, com belas praias, muito turismo e vida noturna, reconstruída depois do dramático terramoto de 1960 que a destruiu completamente. É o maior porto de pesca de sardinha de todo o mundo! A marina é segura, agradável e barata.

Alugamos um carro para ir a Essauira. O porto, como já disse, não tem condições mínimas para barcos de recreio, e não é agradável, tão sujo está. Mas é uma bela cidade, com óptimos restaurantes e uma extraordinária Medina, de arruamentos ortogonais, cheia de comércio, principalmente de trabalhos de madeira. A identificação da antiga fortaleza portuguesa, construída em 1508 por Diogo de Azambuja e abandonada em 1525 não é fácil. Desconheço porque a abandonaram mas deve ter sido porque não tinham pranchas de wind surf e com aquele vento todo a coisa não devia ser fácil para as nossas caravelas. Vêem-se muitos canhões portugueses nas ameias. Embora as cartas indiquem como fundeadouro a zona a sul do porto de pesca, parcialmente abrigada por uma pequena ilha, a verdade é que não havia barcos fundeados e com o vento fresco e a forte mareta, não se estaria nada confortável.

Repousada a tripulação e concluídas as investigações turísticas da ordem, incluindo um passeio ao deserto e a um oásis, largamos quarta-feira 30, de manhã, para Lanzarote, viagem de 225 milhas até Puerto de Naos. Viagem rápida e dura, com muita vaga e muito vento pela alheta e felizmente sem qualquer incidente. Pelas 18 h de quinta-feira 31 de Julho, debaixo de vento rijo de 35 nós e acelarações até 40 nós, entramos em Puerto de Las Naos, para constatarmos que não havia qualquer espaço livre para fundear ou amarrar. Acabamos por fundear num cantinho do porto comercial, nem desembarcamos e no dia seguinte, sexta-feira 1 de Agosto, navegamos cerca de 20 milhas até à Marina Rubicon, perto da Punta Papagayo, na costa sul da ilha.

Esta Marina é lindíssima, com uma bela arquitectura, e bastante barata. Obrigaram-me a baixar a semi-rígida dos turcos para não ultrapassar os 15 m e não pagar mais, mas como o bote ficou a flutuar à popa, pendurado pelos cabos dos turcos, ficou na mesma. Chinesices…

Lanzarote é uma pequena ilha extraordinária, que nos deixou deslumbrados. Bem faz o Saramago em lá viver. Uma paisagem vulcânica, fabulosa, e uma notável capacidade de integrar a construção (as antigas povoações e os actuais empreendimentos turísticos) na natureza, numa harmonia de formas, volumes e cor raramente conseguida. O famoso artista plástico Cesar Manrique (1919-1992), natural de Puerto de Naos, arquitecto, urbanista, pintor, escultor e ambientalista teve influência determinante sobre os poderes públicos na preservação deste equilíbrio difícil entre desenvolvimento e paisagem natural. A visita às suas obras, espalhadas pela ilha, com destaque para a sua própria residência, actualmente sede da Fundação com o seu nome, a visita ao Parque Natural do Timenfaya e ao seu vulcão foram os pontos altos desta nossa viagem.

A costa sul da ilha, entre a Punta Papagayo e a Punta Pechiguero , bem abrigada dos ventos dominantes, dispõe de muitos e bons fundeadouros e belas praias e pena tivemos de não poder ali ficar mais dias.

Sábado 2 de Agosto, pela 18 h largamos de Lanzarote e “despachamos” as 100 milhas para Las Palmas de Gran Canária em menos de 13 horas, deixando por BB a Ilha de Fuerteventura, com vento rijo de NNE e vaga respeitável mas não muito incómoda. Chegamos a Puerto de La Luz ao amanhecer. Aqui seria possível fundear bem abrigados e em local agradável, mas como nos apercebemos que estavam na marina os barcos da frota da Cruzeiro ANC à Macaronésia, fomos para lá, para as inevitáveis trocas de impressões. Eles iriam agora começar a parte violenta da sua viagem, navegando contra vento e mar tudo aquilo que nós tínhamos feito a favor…E sabemos agora, que lhes correu mal, mas não é disso que reza esta história.

Depois do nosso encanto com Lanzarote, a Gran Canária foi uma desilusão. Las Palmas é uma grande cidade e um porto movimentado, mas sem interesse de maior. A marina, muito grande e sem graça, estava a preparar-se para receber as centenas de barcos que anualmente aí se reúnem para a travessia do Atlântico no A.R.C. A ilha, embora de lindas paisagens, está muito estragada com empreendimentos turísticos massificados e por norma de qualidade duvidosa. Daquilo que vimos, excepção para o delicioso Puerto Mogan, na costa SW, com a sua bela marina com canais, num antigo porto de pescadores e onde vale a pena ficar uns dias. O interior da ilha, montanhoso e vulcânico, apesar de tudo vale a pena a visita.

Quarta-feira 6 de Agosto, pela manhã, saímos de Las Palmas para Santa Cruz de Tenerife. Navegação diurna, 55 m, vento fresco pelo través, alguma vaga, bela travessia. Intenso trânsito de navios e “ferrys” entre as ilhas. Os “ferrys”, muito rápidos, são os mesmos que vêm a Portimão. Ficamos na Marina Atlântico, bem no centro de Santa Cruz, que é uma bela cidade. Gostamos muito da ilha, de belas e contrastantes paisagens. Fomos ao El Teide, o pico mais alto de toda a Espanha, com quase 4000 m de altitude. Subimos num teleférico e demos um passeio lá em cima, numa extraordinária paisagem vulcânica, e sentimos bem o cansaço devido à falta de oxigenação.

Sábado 9, largamos de Santa Cruz de Tenerife para a Madeira, com a intenção de fazer uma escala de umas horas, fundeados nas Selvagens, para descansar. De Santa Cruz à Madeira (Marina da Quinta do Lorde) são 265 milhas contra mar e vento, por isso a escala nas Selvagens podia ser simpática. Afinal, cerca de 40 milhas ao norte de Tenerife, navegando à bolina cerrada, rebentou o punho da escota da vela grande. As costuras das cintas do punho estavam apodrecidas e cederam. Não era fácil reparar com os meios de bordo. Voltar para traz ou avançar a motor? Decidimos seguir para norte. Afinal de contas temos dois bons motores de 75 Cv cada. E lá fomos, a bater contra a vaga, mas a progredir bem. Acabamos por passar na Selvagens ainda de noite e com muito mar, o que me levou a desistir de fundear. Não conheço o sítio e aquilo no meio das rochas, à noite e com vaga não é coisa para brincadeiras. A Selvagem pequena nem farol tem.

Assim, rumo à Marina da Quinta do lorde, onde chegamos pela manhã de segunda-feira 11, após 48 h de viagem, satisfeitos por concluir a tirada teoricamente mais dura deste nosso cruzeiro. A marina localiza-se junto ao porto do Caniçal e está incluída num ”resort” ainda não terminado. É muito acolhedora e uma boa base para as inevitáveis visita à ilha. E tem normalmente lugares disponíveis, o que não acontece no Funchal.

Com os contactos do excelente “staff” da marina (olá Catia! olá Carlos! Olá Bruno!) apareceu um veleiro que coseu, e bem, o punho da vela. Aqui encontramos o catamaran “Exit” e a sua tripulação, da frota do cruzeiro ANC que tinham resolvido, e muito bem, não regressar ao continente por Marrocos mas sim pela Madeira. A marina estava muito movimentada com uma frota de cerca de 90 barcos franceses da regata Transquadra. É uma regata transatlântica por etapas, para 1 ou 2 tripulantes por barco, obrigatoriamente com mais de 40 anos. Houve uma festa, fomos convidados, e passamos uns bons momentos com a tripulação do Exit.

Por aqui ficamos uns dias a fazer turismo nesta bela ilha, actualmente muito facilitado graças à excelente rede de estradas e túneis que o Alberto tem vindo a fazer.

Sábado 16 de Agosto, com aceitável previsão meteorológica, saímos a meio da manha rumo a Portimão. Dois bordos que nos levaram a Porto Santo e quando nos preparávamos para o entediante e longo bordo para norte, a surpresa agradável da vaga diminuir muito. Rumo NNW durante cerca de 12 h, amurados por EB, e quando estávamos a uma latitude de 34º 09’, tentamos o bordo para o continente, que foi dando, com o rumo a melhorar progressivamente à medida que o vento ia rondando para NW, de forma que acabamos por fazer um bordo directo a Portimão.

Navegamos sempre com pouca vaga e pouco vento, tendo por vezes que ligar motor para manter a nossa habitual média de 7 nós. Vento a sério só nas proximidades do Cabo de S. Vicente. A bela nortada, de que não tínhamos muitas saudades, e que veio bruta, certamente para nos cumprimentar. Enfim, 75 horas depois de largarmos da Madeira estávamos fundeados em Ferragudo/Portimão.

Dias depois, sem vento e com mar chão, subimos para Lisboa. Feitas as contas no fim, navegamos neste nosso cruzeiro 2000 milhas. Tiramos a barriga de misérias!  

Grace May

Hi

 
 We have Grace May back afloat.

We launched her in June this year after nearly 2 years out of the water. We have completed the bottom epoxy having had her peeled. The bottom was then given several coats of Copper Plus. This copper treatment should last several years. It cost us about £550 for the copper system. The bottom is now in fantastic condition. So smooth. Lots of hard work but well worth it.

 

We also rebuilt the rudders as they had obviously had several years with water on the inside as well as the outside. They are  now filled with foam. This has made them a lot stiffer too.
 
We also lightened the boat. We have replaced a lot of the loose ply bunk tops and made a new table for the saloon from foam core panels.
Grace May was also rerigged and given a new set of Kemp performance sails.
Evidence that the hard work has paid off was experienced when we sailed back from Pembrokeshire at the end of our holidays, to Pwllheli. We managed the 60 mile sail at an average of 8 knots in an average of 15 knots of true wind just behind the beam. We have made an effort to keep GM light as we are always at a weight disadvantage from GMs larger rig. The mast and standing rigging weighs in at over 250 kg as we found out when we removed it when we lifted GM out. For the record and comparison with other Snowgoose 37s our nacelle is approximately 1" clear of the water when in light cruising trim.
 
GM comes out of the water soon for the continuation of the refit
 
Regards
 
Tim and Gayle Evans

 

 
Marc Lamontagne and Lise Roussel
Owners of Prout Snowgoose 35 Elohim (formerly Andrea-Josie).
Registered in Québec, Canada.
E-mail:  birdie@desertsail.com (Lise) aimel@desertsail.com (Marc)
Website:  http://www.desertsail.com
We bought our sailboat in Fort Lauderdale in February 2006, from Jake Siluk who owned her for about 10 years and cruised mainly in the Bahamas.
 
In July 2006, Lise and a friend of ours who owns a Snowgoose 37, Ken Weller, left Fort Lauderdale and headed north in the Atlantic for about 100 miles before getting in the ICW for the most part of the trip.  They reached New-York on August 14.  Ken left and Marc and Lise's mom (83 years old) joined her for the rest of the trip on the Hudson River from New York City to the border with Canada, in Rouses Point, NY, on Lake Champlain.
 
In the coming summer (2007), we're going to start a complete refit of the boat and prepare it for our retirement in a few years, where we plan to live aboard and sail for as long as we enjoy it !
We currently live in Saudi Arabia where we are doing a complete restoration of a 25 foot monohull, a Philip Rhodes design, a Meridian 25, 1964.  We learned sailing here about 8 years ago, and since then we owned quite a few boats, from Hobie Cats to Lasers to small cruising monohulls.  You can have a look at our sailing and desert adventures on our website. (Link above)
And of course you can read Lise's daily log and see all the pictures of her trip bringing our Prout from Florida to Lake Champlain by clicking on this link :  http://desertsail.com/ICW2006_marc.html
For those of you who own a Snowgoose 35 or 34... we have a question.
What is the difference between a 34 and a 35 ?  All the pictures we could see of any of them on the internet, they seem to be the same boat...  with the same LOA.   Any explanations ?
 
Best regards
Lise & Marc
Dhahran, Saudi Arabia

 

 

 

 

 

 

Boat Name: Other Goose (formerly FRIENDSHIP II)

Type:1980 Snowgoose 35 

Home Port and country:Thunder Bay,
Ontario, Canada

Owners Name:Susan & Rick Schultz

51 Lamson Cres., Owen Sound, Ont.

Canada, N4K 6C1

Email/Telephone: srschultz bmts.com

519-372-9789

 

We bought our boat in Grenada in Dec. 2003 from the original owner Jeff Stevens.  He bought her from the factory and put her into day charter in Turkey for 7 or 8 years.  After that he took her to the southern Caribbean and day chartered out of Petit St. Vincent until we bought her.  We sailed her back to Canada and up to Thunder Bay at the head of the Great Lakes.  We then sailed to Owen Sound Ont. where we are refitting her for a return to the Southern Caribbean.

She was built, as a prototype for the 37' model, under the name of Other Goose. 
When Jeff bought her, he named her FRIENDSHIP II, and she was and is well known in the Windwards and Leewards by that name.  We were unable to register her in Canada by that name, so we tried Tolkien's Elven translation (Mellonamin) but no-one could pronounce it, so we decided to return her to the builder's original name: Other Goose.  As an interesting design note, as far as we know she is the only Prout with a trampoline... at least until the Broadblue version came along.

 

 

Keith & Doreen Potter

posted the following story about - 'High Jinks'

"ONE OWNER FROM NEW"  (Beautifully Kept)

  

THE PURCHASE

 

Having successfully selling our Ocean Winds catamaran on ‘Boatsandoutboards.co.uk’, after twelve years of cruising the Mediterranean, we decided to have a house built in Sardinia.  The project was due to take a couple of years and in the meantime, we were renting a house in Arbatax, the area of Sardinia where we planned to settle.  After only one summer of living ashore, Doreen decided that she didn’t like it at all.  She missed the days out on the boat and the hustle and bustle of marina life.  It was not long before Doreen, waxing lyrical about some boat or other she had seen on the Internet, was waking me up from my afternoon siesta.  At first I tried to show no interest at all, then, after a while, a little interest but in the end I was almost as keen as her. 

 

The first hurdle was crossed when we approached the builder and he offered to refund our deposit in full.  The second hurdle was crossed when we narrowed our search down to the Prout Snowgoose 37 Elite catamaran.  And, the third and final one, when we found two similar Elites quite close together in Spain.  Getting to Spain to view the boats in the first place was a logistical nightmare and expensive, but was still the best option, in view of the locations of some of the others advertised for sale. 

 

Coincidentally, both boats were for sale with the same broker in Denia, a well-known company originating in Holland.  The broker was very friendly and helpful but it is important to remember that he is working for the seller, not the buyer.  We met him first at his office, where he went through a copy of a printed contract, explaining how it protected all the parties concerned.  However, when we eventually agreed to purchase one of the Prouts, the printed contract was made worthless when he hand-wrote ‘sold as seen’ on it.  As it happened, we were happy with the alteration because, as seen, the boat seemed very good.  It had been advertised as ‘One Owner From New’ and also ‘Beautifully Kept’.  If everything was working and as described, we were getting a bargain.  Now I never buy anything without a bit of negotiating, and expect people to do the same if I am selling.  In this case, the broker impressed on us how the owner was very ill and how it would not be fair to put him under pressure.  So, bearing in mind that we paid the full asking price without argument, and in addition paid for the antifouling and launching, we expected some sort of guarantee that everything would either work correctly or be replaced if it didn’t. 

 

Once the boat was in the water, we found that the only thing that couldn’t be checked out on the hard, didn’t work - the toilet.  I explained this to the ex owner, who came and did a repair which made it leak even more.  We thought it would have been only fair for him to offer us the price of a new toilet (only about 200€), considering the amount we had just paid him.  Another thing that was all wrong was the fact that we were not allowed on the boat, on our own, to check everything over, until the money was in the bank and the contract signed.  Also, we had only been shown round the boat by the broker, who could not answer all our questions.  This was because the owner, who only lived one hundred metres away, was allegedly too upset to do it.  He made a miraculous recovery once the money was cleared into his bank account, and actually supervised the launching.  After the boat was launched (and paid for), the ex owner now explained that we could not use the gas fridge or heating because at some time he had drilled a hole in one of the gas pipes.  It is now left to us to discover where the hole is or replace all the pipes!   He also broke the news that the boat hadn’t been used for a couple of years, which was contrary to what we had been told by the broker.  We were still satisfied with our purchase despite these setbacks and now started stocking up the larder while we still had the hire car.

 

 

 

THE PASSAGE TO SARDINIA

 

The boat, currently named ‘The Two Of Us’ was now stocked up with food and water for a week’s passage to Arbatax in Sardinia.  The wind had been westerly for days but was now variable.  We bought extra fuel, which gave us a maximum 70 hours of motoring but we would have to sail for a lot of the time to do the 320-mile passage to the first landfall.  The sails had been described as original but in good condition!  When we hoisted the main it looked like Nora Batty’s stockings. I have never seen a sail in a worse condition.  The battens did not fit the pockets and were padded out with bits of old plastic water bottles.  When we rolled out the Genoa, three holes were visible straight away.  This was because the sail had never had a sacrificial strip from new and the sun had just rotted it.

 

A major change of plan was immediately called for and we altered course for the Balearic Islands.  As we were still sailing at this stage, which island we arrived at was not important, but the further east the better.  We had set off mid-morning and by early afternoon the wind died, so we motored all night.  Next day found us heading for Andraitx (Majorca) but we altered course to go further east, hoping to spend a night resting in Alcudia bay.  It was when we were closing Cap de Formentor that the weather turned nasty and we had to turn and run for cover at Soller.  Because this was an unexpected change of plan, I had not put a waypoint into the GPS and we found Soller by using the TomTom on my mobile phone!  After two days rest, due to the weather, we set off again for Alcudia bay - a nice short trip, we thought.  Once past Cap de Formentor we decided to keep going to Menorca and just anchor in a cove when we were tired.  However, on the south side of the island, the sea was too rough to anchor.  It was necessary to anchor just long enough to prepare and eat some dinner, but once that was done we continued overnight to Mahon.  It was more than ten years since we last sailed into Mahon.  I knew where I wanted to anchor but we were too tired to find the spot, even with the radar.  We eventually dropped anchor at 2.30am in a channel where we knew we would be moved on in the morning.  We only planned to stay long enough to re-stock the larder and buy more fuel, as the trip was already taking longer than we had planned.

 

After a day’s rest the weather looked fair for a passage, under engine, to the north of Sardinia.  We set off at dusk, thinking we may complete the trip in 36 hours.  Three hours into the passage I noticed that the battery level indicators were showing low batteries even though the engine was running.  I then realised the rev counter was not working either and decided that two problems this early in a long passage was not a good omen.  Six hours later we arrived back in Mahon, another 2.00am arrival, but this time we knew the way to the anchorage.  Checking the batteries, I found one that looked very old, also, all the filler caps were off and it had dried up, so we purchased a new one.  We found a marine engineer at anchor on a boat nearby, who soon diagnosed a faulty alternator.  He soon had it stripped down to discover that one of the carbon brushes was completely worn away.  Unfortunately, it is all part of the control box that has to be bought as a complete unit.  First quotes came in at about 120€ + VAT but no one had the part in stock.  I had said to Doreen that with a soldering iron and a brush from any other electrical appliance, the unit could be repaired.  It was not long before we found a man who could do exactly that and he was an ex Volvo mechanic, now self-employed in Mahon.  He explained exactly how this problem occurs, which is mainly due to the boat being laid up for some time, (the two years we were not told about at the time of purchase) and the engine not being turned over.  This causes condensation in the alternator to cause the brushes to make a mark on the armature.  Also the rev counter was not working because it is fed by a signal from the alternator. 100€ later we were champing at the bit waiting for fair weather.  Unfortunately, one gale followed another and in the end we were 17 days in Mahon before there was a drop in the wind.  At 3.00am on 6th May, we set off for Sardinia, following a good weather forecast from Germany.  The sea was still rough and I was sick after a couple of hours (Doreen was fast asleep in bed!).  There was very little wind for the whole passage and we motored all the way to Asinara in the north of Sardinia.  We arrived after 35 hours on a lovely sunny afternoon and the wind was perfect to continue through the Bonifacio Straits, but we chose to anchor, sunbathe, relax and read.  The next morning we set off early again to get to Cannigione, but today the wind was on the nose and increasing.  We had a long hard slog to reach our destination but it was worth it as we had decided to spend a couple of days visiting a friend in the area.  When we turned on the VHF the following morning, the weather forecast being given out by the Italians was warning of another gale and the wind was already increasing.  We decided that, as it was still only force 5 and we had not yet sailed the boat properly, we would set off straight away.  We were glad we did, we were touching 10 knots with a following wind, double the speed of our old boat.  Of course, with a following wind, the shape of the sails didn’t really matter much; it was when we turned the corner near Porto Cervo that the fun started.  As we came closer onto the wind, first a sail batten car broke, followed shortly by the slides either side of it.  Instead of looking like Nora Batty’s stockings, the main now looked like her bloomers!   We had no choice but to drop the anchor in deep water and get the sail down and lash it to the boom.  At this stage, the sea was far from comfortable and we were dragging fast.  When the battens and slide broke, we had been sailing under main alone, as I knew the Genoa was dodgy and I was hoping to salvage it.  We now set off again with a very weak Genoa rolled out.  We were doing 7/8 knots, in 15 knots of wind, in a rough sea and it was important to try and keep this speed up to cross Olbia bay and out of the shipping lanes.  By the time we reached the other side of the bay, the sail was in such bad shape with bits hanging off it everywhere, that we had no choice but to roll it in. 

 

A day that had started off so well was now very miserable.  The sea was rough and, where sailing had been exhilarating, under engine alone we had slowed down considerably and were being thrown all over the place.  Doreen suggested we divert to La Caletta, which I readily agreed to, even though I wasn’t looking forward to mooring this single-engine catamaran for the first time.  It was a struggle in the high wind but we did it without any damage and, completely knackered, we went to bed and listened to the wind howling all night.

 

The following morning, wind still howling, but in the right direction, we set off under staysail (the only one we had left).  Unfortunately, this sail was just too small to get us going fast enough and the engine was soon back on.  After only 7 hours we arrived in Arbatax and were home to a welcoming party.  I managed to moor the boat for a second time without hitting anything.

 

 

CONCLUSION

 

I have bought and sold several boats over the last 30 years, always privately.  This is the first time I have bought through a broker and has been by far my worst experience.  In all other transactions, the purchaser/seller and myself have spent a lot of time together, going over the pros & cons.  We have made sure everything works as it should and in fact on the last boat I sold, I fitted a new toilet, as the original was not perfect.  It has worked both ways because, when I once complained that a fridge was not working, after I had taken delivery of another boat, the ex owner turned up with a new one.  This sort of gentlemanly arrangement doesn’t work with a broker.  I am not sure why anyone with access to the Internet uses a one.  There are many free ‘Boats for Sale’ websites; I have successfully used  ‘Boatsandoutboards.co.uk’ recently, for completely commission-free sales.  Of course, there are many checks to be made, which a broker does, but I made the mistake of signing an altered contract, which absolves the broker and seller of all their responsibilities.

 

To be fair, in this case the broker knew very little about the boat he was selling as it had only been on his books a week.  However, the owner, who new everything about the boat, and knew the length of passage we were about to undertake, was economical with the truth.  We think he let us go to sea unprepared.  He should have told us early on that the boat had been laid up and that the sails were rotten then we could have then planned to make shorter passages, along the Spanish and French coasts.

Jun. 18, 2007 - ARBATAX - SARDINIA (a warning!)

Doreen and I love Arbatax and have been based here for over ten years.  I'm sad to say that in those ten years, we have seen it's decline.  From a picturesque little fishing village, when we arrived, it is now a dirty commercial harbour building oil-rigs.  It is not a safe place for a boat you care about, and is the main reason we are being forced to sell High Jinks. 

 

The manufacture of oil-rigs involves welding and angle-grinding 24 hours a day, including weekends.  Even though Doreen cut and polished our Prout Snowgoose only a couple of weeks ago, it is once more covered in rust spots; this is because the rigs are being built only a matter of metres away from the moorings.  We are lucky because we live here and can keep on top of the problem.  It is still frustrating to leave the boat clean when we go home in the evening only to find it covered in rust the next morning.  The prevailing wind always seems to be from the rigs to the moorings!

 

The marina itself is in a poor state; this is because it is always having to be dismantled so that the rigs can be taken away.  I would say that Arbatax marina is now the worst marina we have been in, in our fourteen years of cruising.  Unfortunately we can't move on, as we have made our roots here but, by writing this, I hope I can warn others and save them the cost of cutting paste and polish.

 

Keith

 

Keith & Doreen Potter

Arbatax

Sardinia

 

 

Keith & Doreen Potter

Arbatax

Sardinia

 

 

 

Hit Counter